A estudante de Direito Cynthia Medeiros, de 28 anos, quando sente o cheiro de esparadrapo é inevitável sentir, também, o gosto do objeto. “É bem difícil traduzir como acontece, mas é um processo quase que instantâneo. É como se algo estivesse em minha garganta, mas é um sabor que não sei definir, então, o chamo de gosto de esparadrapo mesmo”, definiu. Se isso parece estranho, o que dizer de outras pessoas que, ao estarem lendo este texto, começam a visualizar cada letra de uma cor. Ou até mesmo sentem um determinado sabor ao ouvir uma música.
Chamados de sinestetas ou sinestésicos, estes indivíduos são aqueles que veem o mundo de outra maneira, isto é, possuem a percepção de mais de um sentido em uma só vez, podendo ser gustativa, visual, olfativa, tátil, ou auditiva. A origem da palavra sinestesia está na junção de duas outras palavras gregas: “syn”, que significa junto, e “aisthesis”, que é percepção. O termo, então, quer dizer o somatório de sensações. “Defino sinestesia como uma forma simbólica de comunicação, ou seja, a pessoa que é sinestésica tem a facilidade de fazer a comunicação por meio de símbolos. É como se fosse uma simbologia do que seria escrito em linguagem”, explicou o professor de Neurologia Paulo Brito, da Universidade de Pernambuco (UPE).
Se existem muitas teorias - e nenhuma de fato aceita - tentando explicar as causas para esse fenômeno, em paralelo já se sabe que o hemisfério direito do cérebro dos sinestésicos é mais desenvolvido. Este hemisfério está ligado a símbolos, projeções, artes e desenhos. Outra comprovação é que o número de mulheres sinestésicas é três vezes superior ao de homens. “Nós temos uma estrutura no meio da cabeça que se comunica com cada lado, chamado de corpo caloso. São fibras que fazem associações e existem em maior número nas mulheres. A capacidade de se comunicar com um lado e outro do cérebro possibilita realizar, simultaneamente, mais de uma atividade diferente. O homem tem menos fibras do que a mulher”, esclareceu Brito.
Segundo estimativas feitas nos Estados Unidos, há uma pessoa sinestésica em cada 15 mil habitantes do planeta. Devido à pouca divulgação sobre o tema, muitos sinestésicos acabam vivendo sem nem saber que possuem tal habilidade. O diagnóstico para identificar um caso de sinestesia se baseia pela própria observação da pessoa. A mistura dos sentidos se dá de forma involuntária e sem controle. Diferentemente de outras impressões sensoriais, que podem ser provocadas através da imaginação.
Dentre os milhares exemplos de sinestesia, o mais comum é a visão de cada letra ou algarismo de uma cor diferente. Existem ainda algumas categorias de senestetas que são as dos perceptuais, onde as percepções são associadas a estímulos como sons e objetos; conceituais, que são os sensíveis a conceitos abstratos como o tempo; e os projetores, que veem as cores nos algarismos ou nas letras diante dos olhos. “Não existe tratamento para a sinestesia. O melhor a fazer, dependendo do caso, é procurar uma orientação e tirar proveito dela (por ser uma pessoa diferente)”, concluiu Paulo Brito.
Chamados de sinestetas ou sinestésicos, estes indivíduos são aqueles que veem o mundo de outra maneira, isto é, possuem a percepção de mais de um sentido em uma só vez, podendo ser gustativa, visual, olfativa, tátil, ou auditiva. A origem da palavra sinestesia está na junção de duas outras palavras gregas: “syn”, que significa junto, e “aisthesis”, que é percepção. O termo, então, quer dizer o somatório de sensações. “Defino sinestesia como uma forma simbólica de comunicação, ou seja, a pessoa que é sinestésica tem a facilidade de fazer a comunicação por meio de símbolos. É como se fosse uma simbologia do que seria escrito em linguagem”, explicou o professor de Neurologia Paulo Brito, da Universidade de Pernambuco (UPE).
Se existem muitas teorias - e nenhuma de fato aceita - tentando explicar as causas para esse fenômeno, em paralelo já se sabe que o hemisfério direito do cérebro dos sinestésicos é mais desenvolvido. Este hemisfério está ligado a símbolos, projeções, artes e desenhos. Outra comprovação é que o número de mulheres sinestésicas é três vezes superior ao de homens. “Nós temos uma estrutura no meio da cabeça que se comunica com cada lado, chamado de corpo caloso. São fibras que fazem associações e existem em maior número nas mulheres. A capacidade de se comunicar com um lado e outro do cérebro possibilita realizar, simultaneamente, mais de uma atividade diferente. O homem tem menos fibras do que a mulher”, esclareceu Brito.
Segundo estimativas feitas nos Estados Unidos, há uma pessoa sinestésica em cada 15 mil habitantes do planeta. Devido à pouca divulgação sobre o tema, muitos sinestésicos acabam vivendo sem nem saber que possuem tal habilidade. O diagnóstico para identificar um caso de sinestesia se baseia pela própria observação da pessoa. A mistura dos sentidos se dá de forma involuntária e sem controle. Diferentemente de outras impressões sensoriais, que podem ser provocadas através da imaginação.
Dentre os milhares exemplos de sinestesia, o mais comum é a visão de cada letra ou algarismo de uma cor diferente. Existem ainda algumas categorias de senestetas que são as dos perceptuais, onde as percepções são associadas a estímulos como sons e objetos; conceituais, que são os sensíveis a conceitos abstratos como o tempo; e os projetores, que veem as cores nos algarismos ou nas letras diante dos olhos. “Não existe tratamento para a sinestesia. O melhor a fazer, dependendo do caso, é procurar uma orientação e tirar proveito dela (por ser uma pessoa diferente)”, concluiu Paulo Brito.
Folha de Pernambuco
olá, gostaria de saber qual é a referência bibliográfica utilizada para fazer este texto, pois ao procurar sobre este paulo brito não foi encontrada referencias sobre estudos sobre a sinestesia, e tendo em vista os estudos vigentes sobre o assunto, não se sabe qual a interferencia do hemisfério direito nos sinestetas.
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