sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mais de duas mil pessoas veem filme sobre Lula


Com forte apelo emocional, o filme “Lula, o filho do Brasil”, foi exibido ontem pela primeira vez no Recife para uma plateia de mais de duas mil pessoas no Centro de Convenções. A película, que conta a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estreia em 400 salas de exibição no dia 1º de janeiro. A exibição contou com a presença de familiares do petista, dos produtores e do elenco. Todos procuraram afastar o caráter eleitoral do filme.

“Acho que isso (o filme) vai tocar a autoestima dos brasileiros. Não vejo isso como uma questão eleitoral. O governador José Serra (PSDB-SP) ajudou lá para que o filme saísse. Não é justo tornar esse filme um filme eleitoral. Não é correto. Esse filme retrata a vida de um brasileiro que como muitos outros passou momentos-limites na vida e que se politizou nesse processo”, disse o governador Eduardo Campos (PSB).

O irmão mais velho de Lula, Frei Chico, aproveitou para reclamar da Imprensa e das críticas da oposição sobre o “caráter eleitoreiro”. “Tentam politizar o filme de Lula como eleitoral. Mas faz parte do processo. O Lula tem lutado contra isso”, disparou. No filme, Frei Chico tem papel fundamental na formação política do irmão mais novo. Ele é quem incentiva Lula a entrar na vida sindical.

O próprio diretor do filme, Luís Carlos Barreto, também se encarregou de desvincular a questão eleitoral. “A primeira exibição do filme foi promovida por um governador do DEM. Então, se tinha, se houve ou se haverá (cunho eleitoral) começou com o DEM”, disse, referindo-se ao governador do Distrito Federal, Roberto Arruda, na última terça-feira. Ele também rebateu as críticas de que a produção teria sido a mais cara da história do cinema brasileiro. “O orçamento (R$ 16 milhões) não é extravagante”, afirmou.

O secretário das Cidades, Humberto Costa (PT), que já foi ministro da Saúde na primeira gestão de Lula, disse que é um filme que conta a história de milhares de pessoas. “A diferença é que muitos são anônimos e Lula conseguiu ascender”, assinalou. Já na opinião do prefeito João da Costa (PT), o que vai trazer dividendos políticos para a candidata do PT à sucessão de Lula, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, é “a conclusão de um bom trabalho”. Na ausência da estrela principal, o presidente Lula, o sósia José Bezerra deu as boas vindas ao público.(Folha de Pernambuco)

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