quarta-feira, 27 de maio de 2009

Petrolina retoma ações de controle ao Calazar e a Doença de Chagas


O programa de controle da Leishmaniose Visceral ( Calazar) e da Doença de Chagas em Petrolina foi desativado há mais de três anos, mas um trabalho que vai ser desenvolvido pela Prefeitura Municipal, em parceria com as universidades Federal Rural de Pernambuco e Federal do Vale do São Francisco e Secretaria de Saúde do Estado, promete retomar as atividades preventivas das referidas doenças. De acordo com o professor da (UFRPE), Lêucio Alves, o projeto terá a duração de dois anos e servirá para direcionar as ações de combate ao Calazar e a Doença de Chagas não só no município sertanejo, mas em todo o estado.

No ano passado Petrolina teve 12 casos de calazar (o número permitido pelo Ministério da Saúde é de 05 casos) com duas mortes, um dado preocupante, segundo a gerente do controle de zoonoses e endemias da Secretaria de Saúde do Estado, Nara Arruda. De acordo com ela, ficar muitos anos sem atividades voltadas para o tratamento e prevenção das doenças causou prejuízos para o município. “A partir de agora vamos assumir esse trabalho que vai trazer bons resultados e subsidiar o município de informações para que este repasse aos setores certos os recursos disponibilizados para reduzir a morbidade e, consequentemente, a mortalidade ocasionada pela doença”, comenta.

O prefeito Julio Lóssio (PMDB), que já sacrificou um animal por conta do Calazar, disse que a prefeitura vai se mobilizar para colaborar com o trabalho de pesquisa das universidades para que as ações preventivas cheguem até os petrolinenses. “Todo o trabalho logístico será feito no sentido de erradicar essas doenças do nosso município. Em relação à Chagas, conseguimos reativar um projeto engavetado que prevê a construção de casas em Izacolândia para as famílias que moram em domicílios de taipa – favoráveis à multiplicação do barbeiro. Essa medida já vai ajudar bastante”, finaliza.

Petrolina é uma região endêmica e se destaca de acordo com a quantidade de ocorrências no estado. O programa prevê o deslocamento de uma equipe formada por 12 pessoas que fará visitas às casas que tiveram casos confirmados de calazar há uma década. Além disso, será feita abordagem de paciente humano tratado e também um trabalho direcionado ao cão. “Faremos também a coleta do mosquito palha, transmissor do calazar e o barbeiro, que transmite a doença de Chagas”, complementa.

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